Clínica dependência química – 10 erros cometidos pelos pais
A medicina considera que a família tem importância fundamental no tratamento da dependência química. O tratamento em clínica dependência química é apenas parte de um processo que precisa contar com a participação de todos os familiares, uma vez que, normalmente, são falhas e erros cometidos pelos pais que levam o filho a usar drogas e se tornar um consumidor compulsivo, gerando a dependência.
A dependência química é considerada uma doença crônica, que se desenvolve lentamente, chegando a casos em que os familiares levam até anos para perceber o que está acontecendo.
Em decorrência dessa falta de percepção, o usuário de drogas vai sofrer sérias consequências, chegando ao ponto de apresentar falta de desempenho escolar, perder relacionamentos ou emprego, desestruturando totalmente sua vida.
O tratamento em clínica dependência química é uma forma de ajudar na busca de uma solução para os problemas apresentados pelo usuário de drogas, mas não se pode, de forma alguma, afirmar que o paciente poderá ser recuperado depois de uma internação.
Como se trata de doença crônica, o paciente levado a tratamento vai começar uma terapia que poderá levar vários anos, podendo enfrentar recaídas e tendo a necessidade constante de lutar contra o problema.
Dessa forma, todos os familiares devem colaborar na recuperação de um filho dependente químico. É no ambiente familiar que ele vai precisar conviver ainda por muito tempo e, se não houver apoio por parte dos pais, certamente o filho não terá condições de superar todas as etapas para se mostrar totalmente recuperado.
Um dos principais motivos para a necessidade de apoio por parte dos pais é o fato de que a dependência química, em muitos casos, leva o usuário a não ter qualquer noção sobre a gravidade de sua condição física e mental. Mesmo passando pelo tratamento, em razão disso, ele poderá ser exposto a situações que irão permitir recaídas, levando-o novamente ao submundo das drogas e correndo, inclusive, riscos de morte.
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Conteúdo da página:
- Os problemas de um filho dependente para os pais
- Como os pais devem agir com um filho dependente
- Erros cometidos pelos pais com filho dependente químico
- A importância dos pais no tratamento da dependência
- Se você tem algum familiar que não aceita ajuda, procure o tratamento e encontre uma empresa de resgate dependente químico.
Índice
Os problemas de um filho dependente para os pais
Para os pais, ter um filho dependente de drogas é uma situação de extrema gravidade, além de causar dor e pesar. Os pais, nesse caso, veem-se obrigados a acompanhar um filho que está prejudicando totalmente sua vida, havendo o receio de que possa correr riscos físicos e mentais e, ainda por cima, devem suportar ofensas ou mentiras.
Em uma família com um filho dependente químico, o mundo se transforma. Os pais precisam viver em constante estado de atenção, sempre esperando que o filho apresente qualquer novo problema que, certamente, deverá ter uma solução por parte deles, que são pais.
Uma das soluções mais acertadas é internar o filho em clínica dependência química, uma vez que, para os pais, é impossível simplesmente deixar o dependente ao seu bel prazer, ou mesmo manter uma situação de conflito que poderá trazer consequências ainda mais graves.
Os pais devem manter uma condição que possibilite o diálogo com seu filho, falando sobre o problema, buscando entender as razões que o levaram a consumir drogas e buscar ajuda profissional para que o filho possa ser recuperado e possa novamente retomar a vida de antes de se tornar dependente.
Ao decidir internar o filho usuário em clínica dependência química, os pais devem entender que um possível afastamento do usuário poderá provocar danos ainda maiores, mantendo-o isolado das pessoas que ama e não tendo o apoio necessário para se livrar da dependência química.
Mesmo quando o filho dependente químico não consegue entender ou reconhecer que está passando por um grave problema, o apoio familiar é importante. Os pais devem se manifestar totalmente contrários ao consumo de substâncias psicoativas, enquanto que devem oferecer a ajuda e o apoio necessários, fazendo com que o filho perceba que a dependência é uma doença que deve ser tratada.
Uma situação bastante comum é os pais se sentirem culpados pela condição do filho e, na realidade, isso pode acontecer em razão de conflitos familiares não resolvidos. Contudo, também é preciso saber que o usuário foi quem procurou consumir drogas e que tem grande responsabilidade sobre sua situação.
Para os pais, além disso, existe a grande responsabilidade de não passar a mão na cabeça do filho usuário, não assumir suas dívidas ou encobrir fatos graves que tenha cometido, sempre pensando no seu bem-estar futuro.
Essas condições são necessárias para que os pais evitem o problema da codependência, ou seja, tornar-se reféns do dependente, colaborando de alguma maneira com seu problema, ao mesmo tempo em que podem sofrer com as consequências de atos por ele praticados.
A melhor forma de tratar um dependente químico é com a internação em clínica dependência química, no primeiro momento, tomando as atitudes orientadas pelos especialistas quando o filho tiver alta, fazendo o possível para que ele não tenha recaídas.
Como os pais devem agir com um filho dependente químico
Evitar os principais erros cometidos pelos pais com um filho dependente químico deve ser prioridade. As iniciativas a serem tomadas pelos pais depois que um filho passa por tratamento em clínica dependência química devem ser no sentido de ajudá-lo a superar os problemas decorrentes da doença e, havendo necessidade, também passar por uma terapia para superar os desafios apresentados pelo usuário.
Os grupos de autoajuda também são formados por pais que tiveram filhos em clínica dependência química, que buscam meios de lidar com a situação, oferecendo apoio mútuo entre si e trocando experiências sobre seus casos particulares.
Assim, se os pais derem total apoio ao filho dependente químico, sua recuperação se torna mais fácil, levando o indivíduo a aceitar o tratamento e retornando a uma vida social e profissional mais saudável e produtiva, evitando ter recaídas.
Os pais devem sempre ter em mente que a dependência química não é simplesmente erradicada depois de um tratamento em clínica especializada. Devem saber que o filho pode ter recaídas e, portanto, todo o cuidado é necessário.
10 Erros cometidos pelos pais com filho dependente químico
A dependência química é considerada como doença crônica, que se desenvolve gradativamente quando uma pessoa passa a fazer uso contínuo de uma determinada substância psicoativa.
Um dependente químico, portanto, se torna refém dos efeitos da substância que consome, não tendo condições de se livrar do problema por si só, havendo a necessidade de tratamento em clínica dependência química e acompanhamento posterior para não ter recaídas.
O dependente, quando sente os efeitos da abstinência, mesmo sabendo que está se prejudicando, não consegue evitar sentir novamente o prazer oferecido pelas drogas, sentindo ansiedade e depressão quando desaparecem os efeitos, sendo levado a consumir maior quantidade.
Os pais, para ajudarem no processo de recuperação de um filho dependente químico, dessa forma, devem tomar algumas providências, evitando os principais erros cometidos nessa relação complexa:
1 – Não procurar saber como cuidar da dependência química
Tendo um filho dependente químico, os pais precisam saber como trabalhar com a situação. Caso não tenham conhecimento sobre o assunto, devem procurar profissionais especializados para terem a orientação mais acertada.
A primeira providência a tomar é convencer o filho usuário a ser internado em clínica dependência química, evitando complicar ainda mais suas condições físicas e mentais, ficando por um tempo isolado do mundo e das pessoas com quem costuma usar drogas.
Essa atitude, no entanto, só deve ser autoritária se o filho não aceitar a internação. A melhor forma é o diálogo, convencendo-o de seu problema e o conduzindo com amor e carinho.
2 – Não perceber que o filho conhece bem as drogas
Um usuário de drogas, diferentemente do que se imagina, conhece o assunto a fundo. Pessoas que não utilizam drogas ou que não convivem com usuários, normalmente não têm interesse sobre o assunto, já que pensam que o problema interessa apenas a quem é usuário.
Além disso, também é preciso observar que o tema drogas não é discutido com seriedade pela mídia em geral, limitando-se a reportagens sobre o tema, divulgando apreensões de drogas ou mostrando as já conhecidas cracolândias, sem se estender mais profundamente sobre o assunto.
Os pais, dessa forma, devem considerar o assunto como algo que deve ser estudado e entendido, sem qualquer preconceito, ajudando seu filho no processo de recuperação.
3 – Evitar assumir que o filho tem um grave problema
Quando os pais descobrem que o filho é usuário de drogas e que vai precisar de tratamento em clínica dependência química, devem assumir que possuem um problema grave em mãos e que é de sua responsabilidade ajudar na busca de solução.
Assumindo que têm um filho portador de dependência química, os pais terão condições de ajudar o usuário a se recuperar, encaminhando-o para um tratamento em clínica responsável e, ao mesmo tempo, procurando orientações para melhorar o relacionamento com o usuário.
Boa parte das famílias com filhos dependentes químicos já carrega um passado problemático, com pais maltratando os filhos, ou mesmo com os próprios pais usuários de drogas, ou ainda com falta de disciplina na família, sem limites impostos, crescendo sem qualquer preocupação por parte dos pais.
Situações problemáticas na família são um fator dos mais importantes para que um filho desenvolva a dependência química, criando também os meios para o estabelecimento da codependência.
4 – Esconder o problema sem procurar ajuda externa
No momento em que os pais descobrem que têm um dependente químico dentro da família, é preciso não esconder o problema e procurar ajuda externa, principalmente quando os pais não conhecem o assunto mais profundamente.
Os pais devem encontrar uma forma de manter diálogo constante com o filho usuário, tomar as providências para interná-lo em uma clínica dependência química e oferecer todo o apoio necessário.
A procura de um profissional especializado no tratamento de drogas torna-se necessária para que o assunto seja tratado como deve, ou seja, seriamente, com a responsabilidade necessária aos pais para a condução de seus filhos a uma vida adulta saudável.
5 – Procurar encontrar culpados pela dependência
Normalmente, quando os pais descobrem que têm um filho dependente químico, a primeira reação é procurar algum culpado, seja o próprio filho, amigos ou mesmo um se culpando ao outro pela situação.
Nesse caso, os pais devem se conscientizar de que a busca de um possível culpado é um dos piores erros cometidos quando se trata de dependência química e que essa posição não oferece condições de garantir resultados positivos em um futuro tratamento.
A situação exige que os pais tenham atitude firme e responsável, considerando que estão com um problema que exige solução urgente e que, juntamente com o filho dependente, poderão ter os meios de recuperá-lo.
6 – Não aceitar ou seguir orientações de profissionais
A partir do momento em que os profissionais responsáveis pela clínica dependência química aceitam a internação de um usuário, eles não se limitam a aplicar as terapias ao paciente, mas também envolvem os familiares, principalmente os pais.
Ao mesmo tempo em que o paciente está sendo tratado, os pais recebem uma série de orientações com relação à forma de conduzir o processo, sempre de acordo com as necessidades de cada paciente.
Portanto, os pais devem acatar essas orientações e segui-las da forma mais assertiva possível, principalmente porque, depois do tratamento, existem determinados gatilhos que podem desencadear uma recaída. Entendendo que a dependência não pode ser curada apenas com um tratamento, os pais terão melhores condições de apoiar o filho e evitar que faça novamente uso das substâncias.
A dependência química não se resolve apenas com um tratamento e, por isso, os pais devem seguir todas as orientações, inclusive participando de grupos de autoajuda e fazendo o acompanhamento terapêutico recomendado pelos profissionais.
Ao mesmo tempo, devem tomar os cuidados necessários para que o filho não frequente os mesmos locais costumeiros e fazer com que evite más companhias que o possam conduzir novamente ao uso de drogas.
7 – Não saber identificar sinais de recaída
Depois de liberado da clínica dependência química, um paciente normalmente vai apresentar alguns sinais de recaída e os pais devem estar atentos a sinais que possam identificar essa condição.
Participando mais ativamente da vida do filho dependente químico, os pais poderão entender como ele está se comportando e como está superando os sintomas crônicos da dependência, ajudando-o a superar a vontade, ou fissura.
Conversas frequentes podem prevenir situações que precisam ser evitadas pelo filho dependente, ajudando-o a continuar em sua luta contra a dependência e fortalecendo sua vontade para não passar por um processo de recaída.
8 – Não perceber que a recaída faz parte da recuperação
Um usuário de drogas, depois de tratado em clínica dependência química, é passível de recaída, como comentamos, e essa condição não deve ser vista como fracasso em sua recuperação, mas como parte do processo.
Havendo uma recaída, os pais devem fazer uma avaliação sobre o ocorrido e analisar o que pode ter levado o filho a novamente consumir as substâncias, tomando as providências para que a situação não se torne recorrente.
A partir do momento em que os pais entendem que podem passar por uma recaída de seu filho, também se tornam capazes de identificar os gatilhos que o levaram a consumir drogas novamente, podendo combater as condições contrárias que levaram à recaída.
A recaída deve ser considerada como uma aprendizagem, já que vai destacar determinadas condições que não foram tratadas eficientemente, melhorando, aos poucos, a vontade do paciente e o conduzindo à total recuperação.
9 – Não se preocupar em evitar conflitos
Cada pessoa reage de uma maneira diferente quando enfrenta qualquer situação de conflito. Os pais devem evitar ao máximo situações que possam ser conflitantes e, na sua ocorrência, não entrar em discussões que possam se tornar um meio de afastar o filho ainda mais da convivência familiar.
Diante de situações de conflito, o dependente químico em recuperação irá enfrentar uma condição estressante e sua primeira vontade é novamente fazer uso de drogas, procurando escapar da situação. Quando os pais enfrentam as situações de conflito com calma e ponderação, conseguem evitar que o filho tenha qualquer recaída.
10 – Não procurar uma clínica dependência química
Um usuário de drogas não tem condições de superar a crise de abstinência e os primeiros momentos em um tratamento se não tiver ao seu lado, além dos pais, os profissionais especializados de uma clínica dependência química.
O tratamento da dependência química deve ser feito por profissionais capacitados, com experiência no assunto e que possam aplicar as terapias multidisciplinares necessárias para cada caso.
Quando os pais descobrem que o filho é dependente químico, portanto, devem procurar ajuda de uma clínica especializada, que possa fazer o tratamento para que o paciente tenha condições de se recuperar.
A importância dos pais no tratamento da dependência
Como podemos observar, os pais têm papel fundamental na recuperação de um filho dependente químico. Sua participação é que irá criar a motivação e as condições necessárias depois de um tratamento em clínica dependência química, reforçando os laços familiares e oferecendo um ambiente propício para a recuperação do filho.
Podemos entender que erros são normais na vida de qualquer pessoa e nas mais diversas condições, mas, quando se trata de dependência química, é preciso saber quais são os principais erros e evitá-los ao máximo.
Uma clínica de recuperação dependentes químicos e profissionais capacitados irão ajudar no processo de recuperação, levando o paciente a encontrar condições de superar esse grave problema.
Se você tem algum familiar que não aceita ajuda, procure o tratamento e encontre uma empresa de “resgate dependente químico”. O dependente, no futuro, vai agradecer.